Reflexão do 1º Período
Mais um período extremamente trabalhoso passou a correr, já posso voltar à superfície e descansar!
Fiquei bastante orgulhosa de mim própria embora saiba que sou capaz de melhor. Foram novas matérias e novos métodos de estudo, que me estão a ajudar a preparar a minha entrada na faculdade.
Fiquei muito contente com a nota do meu primeiro teste, esforcei-me bastante e como se costuma dizer: "Para grande esforço, grande recompensa." . Quanto ao segundo teste, bem... esse foi um valente susto, achei que ia tirar negativa, tinha corrido mesmo mal, mas não passou de um susto. Não foi uma excelente nota, mas como os testes se concentraram muito, não tive o tempo que queria para reflectir sobre a matéria,
Agora o período de adaptação ao ensino secundário terminou e sinto-me preparada para mais uma ronda!
BOAS FESTAS!!!
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
A Terra, um planeta único a proteger
A face da Terra. Continentes e fundos oceânicos
O nosso planeta apresenta uma superfície predominantemente oceânica (cerca de 71%), mas toda a crusta terrestre apresenta uma grande diversidade de materiais e formas que, mais uma vez, o tornam único entre os planetas telúricos. A crusta terrestre divide-se em crusta continental e crusta oceânica.
Formação da Lua
(Esta é a teoria actualmente aceite).
Lua -
irmã da Terra
A Lua ter-se-à formado na mesma altura que a Terra e por ser um corpo celeste de pequenas dimensões, terá sido atraído pelo nosso planeta e ficado a orbitar à sua volta.
A Lua ter-se-à formado na mesma altura que a Terra e por ser um corpo celeste de pequenas dimensões, terá sido atraído pelo nosso planeta e ficado a orbitar à sua volta.
Lua - filha da Terra - Big Splash - Grande impacto
(Esta é a teoria actualmente aceite).
Na Terra primitiva um corpo celeste do tamanho de Marte, terá embatido na Terra e os fragmentos do embate ter-se-ão aglomerado formando a Lua.
Sistema Terra - Lua
A Terra e a Lua têm entre si uma ligação gravitacional forte, influenciando-se mutuamente. Em relação à Terra, a Lua apresenta as seguintes características:
- pequenas dimensões;
- reduzida força gravítica;
- ausência de atmosfera e hidrosfera;
- actividade geológica interna nula;
- geodinâmica externa reduzida.
A superfície da Lua apresenta dois tipos de relevo distintos: os "mares lunares" e os "continentes lunares".
Devido à fraca eficácia da erosão da superfície lunar as rochas da Lua são mais antigas que as que se tem registo na Terra, dado que a erosão eficaz na Terra destruiu as rochas mais antigas.
Esta associação entre planeta e satélite é única no Sistema Solar, pois a Lua é um astro de grande dimensão relativamente ao tamanho da Terra , o que faz com que a interacção entre estes dois astros seja bastante acentuada.
A existência de marés está relacionada com a Lua.
Fonte: http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/astronomia/lua-fases-e-mares/ |
A Terra e os planetas telúricos
Manifestações da actividade geológica :
Processos de origem interna:
A actividade geológica mede-se através dos vulcões, sismos movimentos tectónicos e está associada à energia emanada do interior e da energia vinda da parte externa dos planetas.
Processos de origem externa:
É essencialmente a presença de atmosfera e água no estado líquido,os factores modeladores da superfície.
Os planetas telúricos podem ser considerados geologicamente activos ou geologicamente inactivos.
Processos de origem interna:
A actividade geológica mede-se através dos vulcões, sismos movimentos tectónicos e está associada à energia emanada do interior e da energia vinda da parte externa dos planetas.
Processos de origem externa:
É essencialmente a presença de atmosfera e água no estado líquido,os factores modeladores da superfície.
Os planetas telúricos podem ser considerados geologicamente activos ou geologicamente inactivos.
Mercúrio: encontra-se geologicamente inactivo. Apresenta evidências de vulcanismo antigo, provavelmente provocado pelo impacto de corpos meteoríticos. A ausência de atmosfera e erosão incipiente provocada por impactismo. Preservação de inúmeras crateras de impacto.
Fonte: http://novosinsolitos.blogspot.pt/2012/03/nasa-descobre-indicios-de-agua-gelada.html |
Vénus: é geologicamente activo. O vulcanismo marca toda a superfície do planeta, rasgada por falhas e coberta de mantos de lava. Não apresenta indícios de tectónica de placas. Ausência de água. Atmosfera densa muito rica em dióxido de carbono. Erosão e transporte pelo vento.
Terra: é geologicamente activo. Fenómenos sísmicos, vulcânicos e tectónicos resultantes da mobilidade das placas litosféricas denunciam o seu dinamismo geológico interno. Na superfície, a meteorização e a erosão são manifestações da geodinâmica externa, encontrando-se associadas à existência de uma atmosfera onde, "activados" pela energia solar, as variações térmicas, a água e o vento são agentes modeladores fundamentais.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra |
Marte: encontra-se geologicamente inactivo. Vestígios de actividade vulcânica intensa. Ausência de água no estado líquido à superfície. Evidências da sua existência no passado, tendo em conta as formas estruturais que marcam a sua superfície como sistemas de canais, leitos secos de rios, depósitos lacustres e ravinamentos. Existência de água congelada no subsolo. Atmosfera rarefeita com violentas e prolongadas tempestades de areia.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marte_ |
A Formação do Sistema Solar
Teoria da Nebular:
Uma nébula, constituída por gases e poeiras, contraiu, começou a rodar e formou um disco. A parte central originou o protossol e de tempos a tempos soltar-se-ia matéria que iria originar planetas.
Kant e Laplace, 1776
Teoria Nebular (Reformulada):
Uma nébula, constituída por gases e poeiras, contraiu, começou a rodar e formou um disco. A parte central originou o protossol e de tempos a tempos soltar-se-ia matéria que iria originar planetas.
Kant e Laplace, 1776
Teoria Nebular (Reformulada):
Segundo esta teoria o sistema solar teve origem numa nébula formada por gases e uma poeira muito difusa que passou pelas seguintes etapas:
- Contracção da nébula devido à existência de forças de atracção gravítica entre as suas partículas constituintes;
- Contracção de nébula proto-solar deverá ter provocado o aumento da velocidade de rotação;
- Arrefecimento gradual da nébula e aquisição da forma de disco muito achatado em torno de uma massa de gás densa e luminosa que se encontrava numa posição central - protossol;
- Condensação heterogénea dos materiais da nébula em grãos sólidos;
- Aglutinção das poeiras existentes no disco, constituídas por diferentes materiais, deverão ter formado corpos designados planetesimais. Os maiores atraíram os mais pequenos, originando colisões e o aumento progressivo das sua dimensões - acreção;
- A acreção desencadeou um bombardeamento cada vez maior e a formação de corpos designados protoplanetas.
- Por acreção de novos materiais os protoplanetas terão dado origem aos planetas.
Fonte: Preparação para os Testes Intermédios Biologia e Geologia - 10 |
Factos que apoiam a teoria:
- Mesma idade para todos os planetas;
- As orbitais elípticas e quase complanares formando um disco rodando no sentido directo;
- Os planetas têm movimentos de rotação no mesmo sentido, excepto Vénus e Úrano;
- Densidade superior dos planetas telúricos.
Planetas, asteróides e meteoritos
De acordo com a definição da União Astronómica Internacional (UAI), considera-se planeta um corpo celeste que descreve um movimento orbital em torno de uma estrela ou restos estelares, com massa suficiente para assumir uma configuração aproximadamente esférica e apresenta, na sua vizinhança, uma órbita desimpedida.
Planetas telúricos, interiores ou terrestres: mais próximos do Sol, formaram-se a temperaturas elevadas a partir de materiais com ponto de fusão elevado, como silicatos e metais, conferindo-lhes elevada densidade. Mercúrio, Vénus, Terra e Marte são planetas telúricos.
- Densidade elevada;
- Dimensão reduzida.
Planetas gasosos, exteriores ou gigantes: mais afastados do Sol, com temperaturas mais baixas, resultam da condensação de gases, materiais com baixo ponto de fusão. Apresentam, por isso, baixa densidade. Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno são planetas gasosos.
- Dimensão elevada;
- Constituição essencialmente gasosa.
- Dimensão elevada;
- Constituição essencialmente gasosa.
Planetas Anões
- Localizam-se na Cintura de Kuiper;
- Não são verdadeiros planetas;
- Não é o corpo dominante na vizinhança da órbita.
Ex: Plutão e Sedna.
- Localizam-se na Cintura de Kuiper;
- Não são verdadeiros planetas;
- Não é o corpo dominante na vizinhança da órbita.
Ex: Plutão e Sedna.
Corpos celestes de pequenas dimensões:
-Satélites naturais ou planetas secundários: é um astro rochoso de forma esférica que descreve uma órbita à volta do planeta principal (de menor dimensão que o planeta principal).
- Asteróides: fragmentos de forma irregular - concentração na cintura interna e externa. Com eixos de rotação irregulares
- Cometas: corpos de reduzida dimensão formados por um núcleo de gelos e poeiras líticas. Descrevem órbitas excêntricas em torno do Sol e, quando dele se aproxima, desenvolvem, por acção do calor, uma aura de gases evaporados em torno do núcleo, a cabeleireira, e uma enorme cauda branca de gases e poeiras libertados do núcleo e empurrado pelo vento solar ao longo de milhões de quilómetros.
- Cometas: corpos de reduzida dimensão formados por um núcleo de gelos e poeiras líticas. Descrevem órbitas excêntricas em torno do Sol e, quando dele se aproxima, desenvolvem, por acção do calor, uma aura de gases evaporados em torno do núcleo, a cabeleireira, e uma enorme cauda branca de gases e poeiras libertados do núcleo e empurrado pelo vento solar ao longo de milhões de quilómetros.
- Meteoritos: São fragmentos de astros que embatem na superfície terrestre e dão-nos informações preciosas sobre os constituintes do Universo (como irás ver).
Calcula-se que anualmente embatam na superfície terrestre cerca de 500 meteoritos.- Meteoros: Fragmentos rochosos de astros que atravessam a nossa atmosfera.
Classificam-se quanto à sua composição e textura em:
- Sideritos - metálicos (núcleo): constituídos por uma liga de ferro (Fe) e níquel (Ni);
- Siderólitos - metalorochosos (manto): possuem elementos metálicos e silicatos em idênticas proporções;
- Aerólitos (crosta): São de natureza rochosa, constituídos essencialmente por silicatos.
Estes últimos, os de natureza rochosa, podem conter côndrulos, agregados esféricos de minerais de elevado ponto de fusão, e designam-se condritos. Particularmente interessantes são os condritos carbonáceos, pois possuem, para além de minerais, substâncias orgânicas. Os aerólitos sem côndrulos designam-se por acondritos.
Terra- acreção e diferenciação
Acreção
A atracção gravítica entre poeiras e gases da nébula primitiva conduziu à sua agregação num corpo de maior massa que, por sua vez, exercendo a correspondentes força gravítica sobre outras partículas vizinhas, foi acumulando na sua superfície cada vez mais matéria, levando ao crescimento do protoplaneta a planeta. Esta Terra em formação teria uma estrutura homogénea de ferro, silicatos e água.
Diferenciação
Fruto do progressivo aquecimento interno do planeta (originado pelo impacto de corpos meteoríticos, por contracção gravitacional ou por desintegração radioactiva) ocorreu a fusão dos materiais. Os mais densos migraram para o seu centro à medida que os menos densos se deslocaram para as zonas periféricas, mais superficiais. Este fenómeno terá originado a libertação de grandes quantidades de vapor de água e outros gases que, devido à acção gravítica exercida pela massa densa do planeta, terão ficado aprisionados numa atmosfera primitiva. Assim a diferenciação terá estado na origem da organização da estrutura do nosso planeta em camadas concêntricas.
Fruto do progressivo aquecimento interno do planeta (originado pelo impacto de corpos meteoríticos, por contracção gravitacional ou por desintegração radioactiva) ocorreu a fusão dos materiais. Os mais densos migraram para o seu centro à medida que os menos densos se deslocaram para as zonas periféricas, mais superficiais. Este fenómeno terá originado a libertação de grandes quantidades de vapor de água e outros gases que, devido à acção gravítica exercida pela massa densa do planeta, terão ficado aprisionados numa atmosfera primitiva. Assim a diferenciação terá estado na origem da organização da estrutura do nosso planeta em camadas concêntricas.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
A Terra, um planeta em mudança
-Princípios básicos do raciocínio geológico
O reconhecimento do tempo geológico como um tempo longo e marcado pela mudança colocou em confronto duas principais correntes de pensamento:
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_Cuvier |
Catastrofismo:
- As grandes alterações da Terra foram originadas por catástrofes.
- Defensor: GEORGE CUVIER (1769-1832)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Hutton |
Uniformitarismo:
-As alterações da Terra são um somatório de pequenas alterações originadas por processos lentos naturais.
-As alterações da Terra são um somatório de pequenas alterações originadas por processos lentos naturais.
As catástrofes naturais são vistas como fenómenos pontuais sendo incapazes de provocar alterações na Terra.
- Defensor: JAMES HUTTON (1726-1797)
- Defensor: JAMES HUTTON (1726-1797)
Atualismo:
"O presente é a chave do passado"
Baseia-se no uniformitarismo. Os processos modeladores da Terra no presente terão sido os mesmos do passado.
Neocatastrofismo:
(Uniformitarismo + Catastrofismo)
(Uniformitarismo + Catastrofismo)
O planeta vai-se transformando gradualmente através de fenómenos naturais (Uniformitarismo), mas as catástrofes esporádicas também influenciam o desenvolvimento terrestre (catastrofismo).
-O mobilismo geológico. As placas tectónicas e os seus movimentos
Teoria da Deriva Continental
Esta teoria foi desenvolvida por Alfred Wegener, a partir de uma série de evidências e estabelecendo uma analogia com o comportamento dos icebergs.
Wegener admitiu a hipótese de que os continentes estiveram todos unidos formando um super-continente (PANGEA), rodeado por um super-oceano (PANTALASSA), há cerca de 225 Ma.
Fonte: http://www.glogster.com/jessicajoan/alfred-wegener/g-6lp2tqbqhl664f33s99bfa0 |
Fonte: http://www.infoescola.com/geologia/deriva-continental/ |
Dados que apoiaram a teoria
- Argumentos Morfológicos: Os contornos do continente africano e sul americano encaixam na perfeição (como peças de um puzzle).
- Argumentos Geológicos: As rochas no local de encaixe destes 2 continentes, têm a mesma idade e são a mesma rocha.
- Argumentos Paleontológicos: Fósseis iguais de plantas e animais encontravam-se em todos os continentes.
- Argumentos Paleoclimáticos: Depósitos glaciares podem ser encontrados em regiões com climas tropicais e subtropicais.
Devido à falta de tecnologia Wegener não conseguiu explicar o mecanismo do afastamento dos continentes, embora tivesse todos estes argumentos indiscutíveis.
Teoria da Tectónica de Placas
As placas litosféricas encontram-se em constante movimento e modificam-se ao longo do tempo. Os limites das placas litosféricas são os elementos estruturais mais significativos da Terra, reflectindo o dinamismo interno do planeta. Os limites das placas litosféricas são de três tipos.
Fonte: PREPARAR OS TESTES 10 - Biologia e Geologia |
Fonte: Preparação para os Testes Intermédios Biologia e Geologia - 10 |
A medida do tempo geológico e a idade da Terra
Considera-se que a Terra terá uma idade aproximada de 4600 Ma. Sendo um planeta geologicamente activo desde a sua formação, a superfície da Terra que conhecemos já passou por inúmeras transformações geológicas e biológicas. Na tentativa de representar o decorrer do tempo geológico, necessariamente longo, a Geologia desenvolveu métodos de datação das rochas e de interpretação da informação nelas contida, nomeadamente no que se refere aos estratos sedimentares e aos fósseis.
Datação Relativa:
- Determinada pela ordem cronológica de uma sequência de acontecimentos.
- Idade determinada por comparação.
- Aferição baseada no princípio da sobreposição ou nas informações fornecidas pelos fósseis.
Fundamenta-se na posição relativa das formações rochosas (princípios estratigráficos) e na presença de fósseis de idade nelas contidas.
- Aferição baseada no princípio da sobreposição ou nas informações fornecidas pelos fósseis.
Fundamenta-se na posição relativa das formações rochosas (princípios estratigráficos) e na presença de fósseis de idade nelas contidas.
-Fósseis de idade: Permitem datar os terrenos onde são encontrados porque são fósseis de seres vivos que viveram num curto intervalo de tempo, mas que tiveram uma ampla distribuição geográfica.
Ex: Trilobites - Paleozóico
Amonites - Mesozóico
Existem 5 princípios que fazem a análise de rochas pela datação relativa:
-Princípio da Horizontalidade: Os sedimentos, pela acção da gravidade, depositam-se inicialmente em camadas horizontais.
Ex: Trilobites - Paleozóico
Amonites - Mesozóico
Existem 5 princípios que fazem a análise de rochas pela datação relativa:
-Princípio da Horizontalidade: Os sedimentos, pela acção da gravidade, depositam-se inicialmente em camadas horizontais.
-Princípio de Sobreposição: A camada que está por baixo é sempre mais antiga que a que está por cima desde que não haja deformações geológicas (dobras e falhas).
Fonte: http://geologia12.blogs.sapo.pt/4649.html |
-Princípio da Identidade Paleontológica: Estratos com o mesmo conteúdo fossilífero estratigráfico apresentam a mesma idade e tiveram a sua origem em ambientes semelhantes.
Fonte: http://geologia12.blogs.sapo.pt/4649.html |
- Principio da Intercepção: Estruturas geológicas (com intrusões ígneas ou falhas) que intersectam outras são mais recentes do que estas (todas as estruturas que intersectam formações são mais recentes).
Fonte: http://geologia12.blogs.sapo.pt/4649.html |
- Princípio da Inclusão: Um fragmento incorporado num outro é mais antigo do que este (qualquer inclusão é mais antiga que a rocha ou estrato que inclui).
Fonte: http://geologia-opassadoachavedopresente.blogspot.pt/2010/11/principio-da-inclusao.html |
Datação Absoluta ou Radiométrica:
- Método de medida do tempo geológico em unidades concretas de tempo, como dias ou anos.
- Determinação baseada na desintegração radioactiva de certos elementos químicos.
Permite calcular a idade numérica de rochas e minerais com base na desintegração radioactiva de formas instáveis de certos elementos químicos (isótopos radioactivos) aí presentes. É o que sucede com, entre outros, o urânio (U), o chumbo (Pb), o potássio (K) e o rubídio (Rb). Nas suas formas instáveis acabam por se converter, irreversivelmente, noutros átomos, emitindo partículas e radiação, num processo conhecido por decaimento radioactivo.
Admitindo que a velocidade de conversão destas formas instáveis (átomos-pais) em átomos mais estáveis (átomos-filhos) é constante e conhecendo as quantidades relativas de ambos no material a datar (salvaguardadas eventuais perdas e contaminações), é possível determinar quando se iniciou o processo de decaimento, isto é a altura em que a rocha se formou. O tempo que decorre até que metade dos átomos-pais seja convertida em átomos-filhos designa-se por tempo de semivida. Este método de datação é mais eficaz quando aplicado a rochas magmáticas.
Admitindo que a velocidade de conversão destas formas instáveis (átomos-pais) em átomos mais estáveis (átomos-filhos) é constante e conhecendo as quantidades relativas de ambos no material a datar (salvaguardadas eventuais perdas e contaminações), é possível determinar quando se iniciou o processo de decaimento, isto é a altura em que a rocha se formou. O tempo que decorre até que metade dos átomos-pais seja convertida em átomos-filhos designa-se por tempo de semivida. Este método de datação é mais eficaz quando aplicado a rochas magmáticas.
Fonte: http://www.netxplica.com/exercicios/geo10/datacao.radiometrica.2.htm |
Memória dos tempos geológicos
Datadas as rochas e interpretada a informação nelas contidas, tornou-se possível construir uma escala do tempo geológico onde são organizados, cronologicamente, os acontecimentos mais marcantes da História da Terra, desde os seus primórdios até à actualidade. Esta escala encontra-se dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades. As divisões entre eras são as que se encontram mais bem definidas, correspondendo a grande extinções. A escala do tempo geológico é uma representação esquemática que vai evoluindo em função de novos conhecimentos.
As rochas, arquivos que relatam a História da Terra
As rochas são os materiais que constituem a maior parte da massa sólida da Terra. As mais comuns à superfície são as rochas sedimentares. Para além destas existem ainda rochas magmáticas e rochas metamórficas. As rochas fornecem informações sobre o passado da Terra e relacionam-se entre si formando o ciclo das rochas.
-Rochas sedimentares
As rochas sedimentares formam-se à superfície devido à interacção dos subsistemas da Terra. Resultam da alteração e desgaste de rochas pré-existentes e formam-se a pressões e temperaturas baixas.
- Meteorização- Alteração física e química das rochas;
- Erosão- Remoção das partículas que foram meteorizadas, devido à força gravítica, vento e água (Os agentes erosivos actuam sobre as rochas).
- Transporte- Os sedimentos resultantes da erosão vão sofrer transporte, nomeadamente através de agentes como vento, água e acção da gravidade.
- Sedimentação- Deposição dos sedimentos, geralmente em grandes depressões existentes no fundo dos mares (bacia de sedimentação), assim que acaba o transporte. Forma-se um rocha sedimentar móvel.
- Compactação- Ao chegarem novos sedimentos à bacia de sedimentação, estes começam a compactar, há cada vez menos espaço e água entre eles.
- Cimentação- Os sedimentos ficam cada vez mais apertados, a água que sobra entre os mesmos precipita, formando um cimento natural que irá ligar os sedimentos uns aos outros. Forma-se uma rocha sedimentar coerente.
Todas as etapas - Diagénese - Rocha sedimentar coerente
Meteorização - Sedimentação - Rocha sedimentar móvel
Classificação de rochas sedimentares:
- Detríticas
Argila - Argilito
Areia - Arenito
Balastros - Conglomerado - Quimiogénicas ou de origem química
Ex: Calcário - Biogénicas ou de origem biológica (restos ou produtos derivados da actividade de seres vivos)
Ex: Carvão
-Rochas magmáticas
O magma consiste numa mistura de materiais fundidos e gases sujeita, em profundidade, a elevadas temperaturas e pressões. Por arrefecimento e solidificação do magma formam-se as rochas magmáticas, fenómeno que pode ocorrer em profundidade, dando origem a rochas intrusivas ou plutónicas, ou à superfície, originando rochas extrusivas ou vulcânicas. O afloramento ou presença de rochas magmáticas permite inferir da natureza de fenómenos erosivos, movimentos tectónicos ou actividade vulcânica. Granitos, basaltos e gabros são exemplos de rochas magmáticas.
O magma consiste numa mistura de materiais fundidos e gases sujeita, em profundidade, a elevadas temperaturas e pressões. Por arrefecimento e solidificação do magma formam-se as rochas magmáticas, fenómeno que pode ocorrer em profundidade, dando origem a rochas intrusivas ou plutónicas, ou à superfície, originando rochas extrusivas ou vulcânicas. O afloramento ou presença de rochas magmáticas permite inferir da natureza de fenómenos erosivos, movimentos tectónicos ou actividade vulcânica. Granitos, basaltos e gabros são exemplos de rochas magmáticas.
Textura das rochas magmáticas:
- Vítrea- não se distingue nenhum mineral a ollho nú;
- Hemicristalina - apresenta alguns minerais no meio de uma pasta/massa vítrea;
- Holocristalina- distinguem-se todos os minerais (tudo está cristalizado).
-Rochas metamórficas
As rochas metamórficas resultam, em geral, da adaptação de qualquer tipo de rocha preexistente a novas condições de temperatura e pressão ou ao contacto com fluidos circulantes. Estes processos ocorrem em profundidade e não implicam a fusão da rocha preexistente mas alterações na sua estrutura e composição mineralógica. o estudo destas transformações permite inferir da proximidade de intrusões magmáticas ou da influência de fenómenos tectónicos. Xistos, mármores, gnaisses e quartzitos são exemplos de rochas metamórficas.
- Metamorfismo regionalOcorre, em regra, em regiões em que as rochas ficam progressivamente submetidas a pressões e temperaturas elevadas. Estas regiões correspondem a zonas de colisão de massas continentais. Os principais factores intervenientes no metamorfismo regional são as elevadas pressões e temperaturas.
Ex: Gnaisse e mica-xisto (apresentam foliação - disposição em bandas).
- Metamorfismo de contacto
Ocorre quando uma intrusão magmática se instala entre rochas preexistentes. Os principais factores intervenientes no metamorfismo de contacto são os fluidos circulantes e a temperatura.
Ex: Mármore.
- Metamorfismo de impacto
As rochas onde o meteorito cai, formando a cratera de impacto, sofrem um cozimento e pode haver a fusão parcial de fragmentos que originam os tectitos ou impactitos.Fonte: http://cienciasdonuno.blogspot.pt/2011/06/metamorfismo-de-impacto.html |
Ciclo das rochas
As rochas são continuamente formadas, destruídas e recicladas, constituindo o conjunto destes acontecimentos o ciclo das rochas.
As rochas magmáticas, sedimentares ou metamórficas expostas à superfície da Terra são continuamente desgastadas pelos agentes de geodinâmica externa dando origem a sedimentos. Os sedimentos vão ser transportados e depositados, sofrem diagénese, e dão origem a rochas sedimentares. A exposição das rochas a condições de pressões e temperaturas elevadas pode levar à sua metamorfização, dando origem a rochas metamórficas.Temperaturas muito elevadas podem ocasionar a fusão das rochas metamórficas originando magma. Este ao consolidar, no interior da Terra ou à superfície, forma rochas magmáticas.
Fonte: PREPARAR OS TESTES 10 - Biologia e Geologia |
Resumo das principais características dos três grupos de rochas:
Fonte: PREPARAR OS TESTES 10 - Biologia e Geologia |
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
A Terra e os seus subsistemas em interação
Sistema- É qualquer conjunto organizado de elementos em interação, constituídos por matéria e energia, independentemente da sua dimensão.
Tudo pode ser considerado um sistema (um simples átomo, um mineral, uma rocha, um sistema planetário, um ser vivo, uma célula,...)
Sendo uma área delimitada no espaço, o sistema possui sempre uma fronteira (real ou imaginária), a qual se designa por parede ou limite do sistema.
As inter-relações dos sistemas com meio circulante são diversos, permitindo considerar 3 tipos de sistemas:
- Sistema isolado- Não existe permuta de energia nem de matéria entre o sistema e o meio. ( Não trocam matéria nem energia). Na Natureza não existem sistemas totalmente isolados.
- Sistema fechado- Existe permuta de energia mas não de matéria entre o meio e o sistema. (Só trocam energia). Ex: Sistema Terra
- Sistema aberto- Ocorre intercâmbio de matéria e de energia entre o meio e o sistema. (Trocam matéria e energia). É o mais vulgar dentro da Natureza.
A Terra constitui um sistema dinâmico, no qual ocorrem trocas de energia com o exterior, mas cujas trocas de matéria não são significativas. Considera-se, por isso, um sistema fechado. As fontes de energia do sistema Terra são a energia solar incidente e a energia interna.
O sistema Terra é constituído por subsistemas que interagem uns com os outros de um modo definido e previsível. Esses subsistemas são:
- A geosfera, envolve a parte superficial sólida da Terra e as diferentes camadas internas.
Fonte: http://minhalogia.blogspot.pt/2012/09/geosfera.html |
- A atmosfera, é formada pela camada gasosa que envolve o planeta.
Fonte: http://escolainterativafc.blogspot.pt/2013/08/camadas-da-atmosfera.html |
Fonte: http://www.slideshare.net/sandranascimento/i-subsistemas-terrestres |
Fonte: http://www.slideshare.net/sandranascimento/i-subsistemas-terrestres |
Fonte: http://harvesting.com.br/loja/index.php?option=com_content&task=view&id=39&Itemid=46 |
- A biosfera, inclui todos os seres vivos e respectivos ambientes.
Estes subsistemas interagem entre si de forma dinâmica e complexa, influenciando-se mutuamente através de cíclicas e contínuas permutas de matéria e energia ocorridas ao longo do tempo geológico. Qualquer alteração num dos subsistemas pode comprometer o equilíbrio global do sistema Terra, pelo que se impõe uma visão global de todo o conjunto.
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