sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A Formação do Sistema Solar


Teoria da Nebular:
Uma nébula, constituída por gases e poeiras, contraiu, começou a rodar e formou um disco. A parte central originou o protossol e de tempos a tempos soltar-se-ia matéria que iria originar planetas.

                                                                                                           Kant e Laplace, 1776

Teoria Nebular (Reformulada):
Segundo esta teoria o sistema solar teve origem numa nébula formada por gases e uma poeira muito difusa que passou pelas seguintes etapas:

  1. Contracção da nébula devido à existência de forças de atracção gravítica entre as suas partículas constituintes;
  2. Contracção de nébula proto-solar deverá ter provocado o aumento da velocidade de rotação;
  3. Arrefecimento gradual da nébula e aquisição da forma de disco muito achatado em torno de uma massa de gás densa e luminosa que se encontrava numa posição central - protossol;
  4. Condensação heterogénea dos materiais da nébula em grãos sólidos;
  5. Aglutinção das poeiras existentes no disco, constituídas por diferentes materiais, deverão ter formado corpos designados planetesimais. Os maiores atraíram os mais pequenos, originando colisões e o aumento progressivo das sua dimensões - acreção;
  6. A acreção desencadeou um bombardeamento cada vez maior e a formação de corpos designados protoplanetas.
  7. Por acreção de novos materiais os protoplanetas terão dado origem aos planetas.



Fonte: Preparação para os Testes Intermédios Biologia e Geologia - 10



Factos que apoiam a teoria:

  • Mesma idade para todos os planetas;
  • As orbitais elípticas e quase complanares formando um disco rodando no sentido directo;
  • Os planetas têm movimentos de rotação no mesmo sentido, excepto Vénus e Úrano;
  • Densidade superior dos planetas telúricos.


Planetas, asteróides e meteoritos


De acordo com a definição da União Astronómica Internacional (UAI), considera-se planeta um corpo celeste que descreve um movimento orbital em torno de uma estrela ou restos estelares, com massa suficiente para assumir uma configuração aproximadamente esférica e apresenta, na sua vizinhança, uma órbita desimpedida.

Planetas telúricos, interiores ou terrestres: mais próximos do Sol, formaram-se a temperaturas elevadas a partir de materiais com ponto de fusão elevado, como silicatos e metais, conferindo-lhes elevada densidade. Mercúrio, Vénus, Terra e Marte são planetas telúricos.
- Densidade elevada;
- Dimensão reduzida.

Planetas gasosos, exteriores ou gigantes: mais afastados do Sol, com temperaturas mais baixas, resultam da condensação de gases, materiais com baixo ponto de fusão. Apresentam, por isso, baixa densidade. Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno são planetas gasosos.
- Dimensão elevada;
- Constituição essencialmente gasosa.

Planetas Anões
- Localizam-se na Cintura de Kuiper;
- Não são verdadeiros planetas;
- Não é o corpo dominante na vizinhança da órbita.
Ex: Plutão e Sedna.

Corpos celestes de pequenas dimensões:

-Satélites naturais ou planetas secundários: é um astro rochoso de forma esférica que descreve uma órbita à volta  do planeta principal (de menor dimensão que o planeta principal).

- Asteróides: fragmentos de forma irregular - concentração na cintura interna e externa. Com eixos de rotação irregulares

- Cometas: corpos de reduzida dimensão formados por um núcleo de gelos e poeiras líticas. Descrevem órbitas excêntricas em torno do Sol e, quando dele se aproxima, desenvolvem, por acção do calor, uma aura de gases evaporados em torno do núcleo, a cabeleireira, e uma enorme cauda branca de gases e poeiras libertados do núcleo e empurrado pelo vento solar ao longo de milhões de quilómetros.

- Meteoritos: São fragmentos de astros que embatem na superfície terrestre e dão-nos informações preciosas sobre os constituintes do Universo (como irás ver). 
Calcula-se que anualmente embatam na superfície terrestre cerca de 500 meteoritos.

- Meteoros: Fragmentos rochosos de astros que atravessam a nossa atmosfera.

Classificam-se quanto à sua composição e textura em:

  • Sideritos - metálicos (núcleo): constituídos por uma liga de ferro (Fe) e níquel (Ni);
  • Siderólitos - metalorochosos (manto): possuem elementos metálicos e silicatos em idênticas proporções;
  • Aerólitos (crosta): São de natureza rochosa, constituídos essencialmente por silicatos.
Estes últimos, os de natureza rochosa, podem conter côndrulos, agregados esféricos de minerais de elevado ponto de fusão, e designam-se condritos. Particularmente interessantes são os condritos carbonáceos, pois possuem, para além de minerais, substâncias orgânicas. Os aerólitos sem côndrulos designam-se por acondritos. 



Terra- acreção e diferenciação

Acreção
A atracção gravítica entre poeiras e gases da nébula primitiva conduziu à sua agregação num corpo de maior massa que, por sua vez, exercendo a correspondentes força gravítica sobre outras partículas vizinhas, foi acumulando na sua superfície cada vez mais matéria, levando ao crescimento do protoplaneta a planeta. Esta Terra em formação teria uma estrutura homogénea de ferro, silicatos e água.

Diferenciação
Fruto do progressivo aquecimento interno do planeta  (originado pelo impacto de corpos meteoríticos, por contracção gravitacional ou por desintegração radioactiva) ocorreu a fusão dos materiais. Os mais densos migraram para o seu centro à medida que os menos densos se deslocaram para as zonas periféricas, mais superficiais. Este fenómeno terá originado a libertação de grandes quantidades de vapor de água e outros gases que, devido à acção gravítica exercida pela massa densa do planeta, terão ficado aprisionados numa atmosfera primitiva. Assim a diferenciação terá estado na origem  da organização da estrutura do nosso planeta em camadas concêntricas.



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