terça-feira, 10 de março de 2015

Unidade 8 - Sistemática dos Seres Vivos

A sistemática é o ramo da Biologia que se ocupa do estudo das relações evolutivas dos seres vivos e da sua classificação. A sistemática, por vezes, confunde-se com a taxonomia, que é o ramo da Biologia associado à classificação biológica dos seres vivos.


Sistemas de classificação


Fonte: http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/

Os sistemas de classificação dos seres vivos têm sofrido grande evolução ao longo do tempo. Os primeiros sistemas de classificação eram práticos, pois, para além além de serem subjetivos e empíricos, ignoravam a realidade biológica dos organismo que procuravam enquadrar, servindo, sobretudo, propósitos utilitários. Pelo Contrário, os sistemas de classificação racionais utilizam como critério as características intrínsecas dos seres vivos. Considerados como sistemas de classificação artificiais, desde a Grécia Antiga até Lineu (séc. XVIII), por se basearem num reduzido número de características, estes sistemas foram aumentando o número de características utilizadas como critério de classificação, passando, por isso, a ser entendidos como sistemas de classificação naturais. As primeiras classificações naturais, características de um período compreendido entre Lineu e Darwin, refletem, sobretudo, afinidades morfológicas, não considerando as relações evolutivas dos organismos ao longo do tempo. Por este facto, designam-se por classificações horizontais. O período pós-darwiniano foi, sobretudo, caracterizado pelo aparecimento e desenvolvimento de sistemas de classificação filogenéticos. Estas classificações procuram exprimir relações evolutivas ente os grupos, mais do que afinidades morfológicas, fazendo-o sobretudo, através de árvores filogenéticas. Pelo facto de traduzirem o caráter dinâmico ao longo do tempo, associado ao processo evolutivo, estas classificações são consideradas classificações verticais 


Diversidade de critérios


  • Critérios Paleontológicos: 
    Os fósseis são muito importante nas árvores evolutivas, pois permite conhecer o ancestral comum. Permite conhecer grupos de seres vivos extintos e correlacioná-los com os que existem atualmente.

  • Critérios Morfológicos: 
    A morfologia pode ser muito diferente entre seres vivos da mesma espécie e ser semelhante entre seres vivos de espécies diferentes. 
    Quando na mesma espécie há morfologia diferente diz-se que a espécie apresenta polimorfismo.

  • Simetria Corporal: 
    Uns seres apresentam simetria bilateral, outros simetria radial e outros são assimétricos.
  • Nível de organização Estrutural: 
    Os seres vivos dividem-se em procariontes (ser que não tem núcleo individualizado nem estruturas endomembranares) e eucariontes (têm o núcleo individualizado e estruturas revestidas por membranas), unicelulares (seres constituídos apenas por uma célula) e multicelulares (seres constituídos por mais que uma célula), indiferenciados (os mais simples podem não ter tecidos, as células não se diferenciam) e diferenciados (os mais complexos, as células diferenciam-se e originam tecidos que se organizam em órgãos e que formam sistemas).

  • Critérios Etológicos: A etologia é o estudo dos comportamentos animais. Determinadas caraterísticas etológicas são úteis para a classificação dos animais.

  • Critérios Bioquímicos: Estão diretamente relacionados com a genética e com eles estabelecem-se relações de parentesco quando é analisado a sequência dos aminoácidos numa proteína ou nos nucleótidos no DNA mitocondrial, cromossómico ou RNA ribossómico.

  • Critérios da Cariologia: Consiste no estudo dos cariótipos dos seres vivos. O cariótipo representa o número de cromossomas que uma célula somática tem.

  • Critérios da Embriologia: É um critério muito importante e consiste no estudo embrionário dos seres vivos, mas à medida que o embrião se desenvolve as semelhanças diminuem.

  • Tipos de Nutrição:
Fonte: http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/



Taxonomia e Nomenclatura

Atualmente, as classificações dos seres vivos ainda manifestam a influência dos trabalhos de Lineu. O sistema de classificação de Lineu apresenta duas características principais: a hierarquia das categorias taxonómicas e a nomenclatura binominal para as espécies.
Lineu agrupou os seres vivos em dois grandes reinos, Plantas e Animais, e subdividiu-os em categorias de amplitude progressivamente menor. Essas categorias designam-se categorias taxonómicas ou taxa.  Os taxa organizam-se segundo uma hierarquia:



Fonte: http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/biologiaunidade8.2.html

Foi também Lineu quem desenvolveu um sistema para dar nome às categorias taxonómicas, tendo estabelecido regras de nomenclatura que ainda hoje se aplicam.

Regras de nomenclatura:
  1. O nome da espécie é binominal, escrito em latim; o primeiro nome indica o Género e o segundo é o restritivo específico ou epíteto específico e escreve-se com inicial minúscula. 
  2. O nome do género é uninominal; é o primeiro nome da designação específica; escreve-se em latim, e com inicial maiúscula;
  3. Os nomes são escritos em itálico e quando manuscritos são sublinhados.
  4. Também pode constar o nome do sistemata que identificou a espécie, seguido do ano em que foi feita a identificação.
  5. A Família termina em – aceae nas plantas e – idae nos animais.




Sistema de Classificação de Whittaker Modificado

Robert Whittaker propôs, em 1969, um sistema de classificação em 5 reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia. Este sistema de classificação é baseado, principalmente, nos seguintes critérios:
- nível de organização celular;
- modos de nutrição;
- interações nos ecossistemas.

Em 1979, Whittaker modificou o seu sistema de classificação, passando a incluir no Reino Protista alguns organismos anteriormente incluídos nos Reinos Plantae e Fungi.

Fonte: http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/


Fonte: http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/

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