terça-feira, 10 de junho de 2014

Distribuição de matéria
O transporte nas plantas

As trocas de matéria entre os seres vivos e o seu meio envolvente são contínuas e determinantes para a sua sobrevivência. Se nos seres mais simples as trocas são facilitadas pela proximidade das células ao meio exterior, tal já não sucede nos organismos pluricelulares complexos. É o caso das plantas, cuja viabilidade biológica depende da existência e da eficácia de sistemas de transporte que garantam a mobilização de substâncias para todas as células do corpo vegetal.

Existem plantas que não necessitam de estruturas especializadas para transportar substâncias, são plantas simples e denominam-se AVASCULARES. Nas espécies mais evoluídas, mais complexas existe um sistema de transporte e denominam-se VASCULARES.


Avasculares
Vasculares
Sem semente
Sem semente
Com semente
Briófitas
Pteridófitas
Angiospérmicas (sem flor)
Gimnospérmicas (com flor)
Ex: musgo, algas verdes
Ex: fetos
Pinheiro
Ex: magnólia, roseira...

As plantas vasculares possuem dois tipos de tecidos especializados no transporte de substâncias :
  • O xilema, ou lenho, é responsável pela condução  de água e sais minerais - seiva bruta - das raízes até o topo da planta.
    Existem 4 tipos de células xilémicas:
    - traqueídos;
    - elementos de vaso;
    - fibras lenhosas;
    - parênquima lenhoso.
  • O floema ou Líber, conduz a seiva elaborada nas folhas às outras regiões da planta.
    Existem 4 tipos de células:
    - elementos dos tubos crivosos;
    - células companhia;
    - fibras;
    - células parênquimosas. 

O xilema e o floema encontram-se em todos os orgãos da planta (raiz, caule e folhas).

Fonte: Preparação para o Exame Nacional 2011 - Biologia e Geologia 11


Transporte no xilema

Hipótese da pressão radicular

Segundo a hipótese da pressão radicular, a seiva bruta é impelida, através do xilema, no sentido ascendente, por força de uma pressão formada na raiz. Esta pressão resulta da maior concentração de solutos no interior das células da raiz em relação à solução do solo, geralmente muito diluída, obrigando a água a entrar na raiz por osmose. O gradiente osmótico é mantido à custa do transporte activo de iões, sendo a entrada de água contínua. A acumulação de água na raiz traduz-se numa pressão exercida no xilema que obriga a seiva bruta a subir.

Embora existam evidências, como a exsudação e a gutação, dos efeitos da pressão radicular no transporte de seiva bruta, verificou-se que não é suficientemente forte para explicar uma subida rápida de seiva, sobretudo a grandes alturas. Além disso, algumas árvores, como as coníferas, não apresentam  pressão radicular. Admite-se que a pressão radicular contribua para a ascensão de seiva bruta, mas por si só, é insuficiente para explicar o fenómeno.


Hipótese da tensão-coesão-adesão

Nos dias de calor, a movimentação da seiva bruta pelo xilema pode atingir uma velocidade de 60 cm por minuto, algo compatível com a hipótese da tensão-coesão-adesão. Segundo esta hipótese, há uma relação directa entre a transpiração nas folhas e a ascensão da água no xilema.

Fonte: http/www.simbiotica.org/ 
Na ascensão da seiva bruta intervém os seguintes processos sequenciais:
1- Há perda de água por transpiração. Com esta perda gera-se um défice de água e origina uma força de SUÇÃO, fraca força de TENSÃO que se transmite o xilema e deste até às células da raiz, fazendo com que haja ABSORÇÃO de água por este órgão.
2- As moléculas de água, unem-se por pontes de hidrogénio, à custa da polaridade da molécula, e devido a forças de COESÃO e as moléculas mantêm-se unidas entre si, o que vai facilitar a subida de água em COLUNA.
3- As moléculas de água formam ligações com as paredes dos vasos xilémicos por forças de ADESÃO e facilitam a ascensão da coluna de água.
4- A água sobe e forma uma coluna contínua.
Esta Hipótese funciona apenas se houver uma coluna de água contínua. Quando existem bolhas de ar na coluna, ou quando à descida de temperatura, a água não sobe e a planta recorre à pressão radicular. Se a pressão não for suficiente a coluna de água deixa de funcionar.


Transporte no floema

O movimento de seiva elaborada no interior dos tubos crivosos é explicado pela hipótese do fluxo de massa de Munch.

Fonte: Preparação para o Exame Nacional 2011 - Biologia e Geologia 11



Sem comentários:

Enviar um comentário